Pode pedir matérias, criticar, elogiar, ou só falar à vontade: rodrigobcravo@hotmail.com ...ou ainda integrar a equipe de consultores!

20 de outubro de 2010

Blog da Vez II

Mais um blog, agora do Paulo May, vulgo Jack.

Louco por Guitarra
http://guitarra99.blogspot.com/

Na verdade, ele é médico, mas resolveu se aventurar em luthieria quando um luthier o colocou em uma enrascada.
Ela quebra mitos e faz revelações de tirar o sono de muita gente, é briga certa. Mostra também que não é preciso gastar horrores pra se ter uma guitarra realmente boa.

Só a matéria sobre a Tagima 735 Special já vale a visita.

Abraço,
Economusic

15 de setembro de 2010

Blog da Vez

Uma indicação do Fernando Machado, de Ponta Grossa-PR, é um blog muito bom:

http://www.downsrocknroll.com/

Aqui, você encontra diversos discos históricos para download, mas com a história do álbum como diferencial.
Aproveite para curtir o som, ainda por cima contextualizado.

Tem uma lista para escolher por bandas, assim você encontra bem fácil o que precisa.
Além de ter a opção "Pedidos" e também a opção "Recrutamento" para colaborar com o blog.

Recomendado.

Abraço,
Economusic.

1 de setembro de 2010

Sublime

Diogo Pinheiro, Ponta Grossa-PR, perguntou sobre o equipamento de Brad Nowell, do Sublime, e pediu dicas para tirar esse som.




Bom, de guitarra, Brad usou uma Ibanez S470, e depois uma Ibanez custom S540
Além disso, uma que ele sempre usa é a handmade acima, do luthier Dan MacDonald. Esta tem o corpo baseado numa Ernie Ball MusicMan e o braço baseado em Fender Stratocaster.

Eis a S540:



O mais interessante é que, ao contrário do que "chutamos", ele usa Humbuckers. O captador mais utilizado por ele nas guitas foi o Seymour Duncan JB na ponte, que por sinal é usado por 9 entre 10 guitarristas de todos os gêneros.



Quanto a amps, o que encontrei foram dois, um Marshall de 50 W, valvulado com certeza, e um Roland JC 120, que é legendário também.

Quanto a pedais, o que encontrei foi um BOSS OS2 que ele provavelmente usa para "empurrar" as válvulas, como um boost. E o BOSS DD3, delay que o Brad usa para ambiência e repetições não tão longas, que é muito útil para qualquer estilo, mas para Ska é ainda mais que isso. 
Uma representação do set dele, de um site confiável:


É óbvio que isso já é uma adaptação, o músico não entrega o ouro assim tão fácil, por isso eu tenho o hábito de invadir palcos pra fotografar e em casa analisar o material com calma.

DICA:
Diogo, teu equipamento não está "distante" demais do que você quer tocar, afinal a Les Paul é relativamente versátil e o teu Marshall tem um timbre realmente muito próximo de válvulas.


O que posso te aconselhar é que experimente diferentes texturas, vá tocando e alterando as equalizações da guitarra e do amp, alterne entre os captadores, sinta as nuances e tente chegar o mais perto possível do que você quer tirar. Após isso, você deve decorar ou anotar diferentes equalizações para determinados momentos de um show, o que somado a sua pegada fará muita diferença e você terá seu próprio timbre.

Especificamente para Sublime, para as frases limpas, não tenha medo de cortar graves e crescer nos médios, afinal se trata de um som que exige um bom baixo, e o conjunto fica legal.
Quanto a pedais, seria interessante arranjar um bom booster.




Devolva com mais dúvidas à vontade, pelo menos nossa opinião podemos dar.
Abraço!

Informou
Economusic
Rodrigo Cravo.

20 de agosto de 2010

Slash x Bill

Na abertura do International CES 2008, em Las Vegas, tiraram a seguinte foto:


Slash, portando uma Gibson Les Paul, contra Bill Gates, portanto um joystick de plástico assinado pela Gibson.

Outro duelo parecido já foi protagonizado por do NX Zero, Andreas Kisser do Sepultura e Samuel Rosa do Skank, contra garotos fanáticos por vídeo game, entre eles o Lucas, filho de Wander Taffo, guitarrista da antiga Rádio Taxi.
Só que neste dia todos tocaram apenas em guitarras de brinquedo. Os garotos deram uma surra nos profissionais, e Lucas deve estar de castigo até hoje.
É lamentável a propagação desse brinquedo, nem sei por que deram "corda" pra brincadeira.


Nada mais a declarar,
Economusic.

16 de agosto de 2010

Headstock de peso

Um leitor curioso viu uma foto do Joe Satriani portando uma guitarra com um "clip" no headstock, e uma seta indicando o artefato.

Pesquisamos e encontramos o objeto. FatFinger.


Fabricado pela Groove Tubes, em dois tamanhos (para guitarra e para baixo), trata-se de uma pequena morsa que você pode prender ao headstock sem machucá-lo, apenas para uma finalidade: adicionar massa à extremidade do braço.



A teoria diz que, aumentando-se o peso do headstock, aumenta-se o sustain do instrumento, isto é, prolonga-se a duração da nota tocada, a sua sustentação.

Nem mesmo no exterior pudemos encontrar um FatFinger, a sua fabricação foi suspensa. Então imagine no Brasil... Creio que será um grande desafio testá-lo.

Na prática, as poucas pessoas que escreveram sobre testes deste equipamento não puderam notar diferença significativa.
Se alguém tiver um ou souber algo sobre o assunto, por favor nos escreva!


Por hora, você pode testar a teoria. Há quem use fitas adesivas, pinturas, ou mesmo outros materiais presos ao headstock do instrumento a fim de produzir um melhor sustain. Com mudanças maiores, de fato ocorre a alteração, basta observar o antes e o depois de uma troca de tarraxas.


Abraço,
Economusic.

5 de agosto de 2010

Mural de Anúncios!

A partir de agora, você pode nos enviar no email  tarrachas@gmail.com  o anúncio do seu produto que está à venda.
Seu anúncio, que poderá conter links ou o que você quiser , será postado aqui ao lado, no MURAL DE ANÚNCIOS.

Chega de pagar tarifas, aqui você vende e o dinheiro é todo seu!

*Não nos responsabilizamos pelos anúncios, a negociação quem faz é você. Estamos apenas oferecendo o espaço gratuitamente.


Abraço!
Economusic.

21 de julho de 2010

As Lendas da Madeira

Temos o prazer de publicar o seguinte tutorial sobre madeiras, do Luthier João Guilherme, que é pra não sobrar dúvidas! 

"
As Lendas da Madeira e suas características

Hoje, após muito estudo e um bom tanto de prática, vejo muitos luthieres iniciantes e músicos falando erroneamente sobre madeira. Questões como:
_ Madeira clara dá/possui timbre grave/agudo
_ Madeira densa dá/possui timbre grave/agudo
_ Cor da madeira define timbre
_ Madeira X é melhor que madeira Y
_ Madeira X tem mais sustain que madeira Y
_ Para o instrumento ser bom a madeira precisa secar por pelo menos Nanos.

Estas e inúmeras outras questões são levadas como verdades absolutas por algumas pessoas, mal sabem elas que todas são falsas verdades.
Para começar, vamos a uma pequena explanação sobre o comportamento da madeira e algumas de suas características principais e determinantes.
1. A Madeira é um material higroscópico, ou seja, ela absorve e perde água para o ambiente onde está. Logo, o período de secagem não é tão influente quanto a qualidade e condições em que esta secagem foi feita. Uma estufa pode fazer em alguns meses o que a natureza nunca chegaria a fazer ou demoraria décadas.
Isto nos remete à seguinte questão: "Para o instrumento ser bom a madeira precisa secar por pelo menos N anos". FALSO! O que é verdadeiro é o aumento da estabilidade da madeira com o passar dos anos. Quanto mais velha a madeira, mais estável, portanto, mais favorável à construção de instrumentos musicais. No entanto, por mais velha que a madeira seja, não servirá para luthieria se possuir um alto teor de umidade (12% já é um bom patamar, acima de 20% é inútil para luthieria).
2. Madeira não dá som, tira som! A madeira não produz frequências, quem produz é a vibração das cordas, o captador pega estas vibrações e o meio em que ele está, seja madeira, acrílico, alumínio ou qualquer outro material, influencia na transmissão destas ondas. Cada peça de madeira tem características próprias e corta determinadas frequências. Um exemplo clássico é o mogno, que mesmo variando de peça para peça, é rotulado como tendo um favorecimento aos graves. O mogno não favorece as baixas frequencias, na verdade ele corta mais as faixas agudas, fazendo com que a ênfase seja nos médios/graves. Falando de forma simplificada e direta: a madeira funciona como uma espécie de equalizador natural do instrumento. Por isso, algumas combinações de madeiras e alguns tipos específicos raramente se transformam em um bom instrumento.
3. A Densidade da madeira. Há muita gente que relaciona timbre à densidade. Mais uma vez, lenda. A densidade não tem influência direta com tonalidade. Para quem não sabe, densidade é massa dividida por volume. Há diversas características físicas que podem influenciar a tonalidade da madeira, dentre elas, Frequencia de vibração, comprimento de onda, Decaimento logarítmico, posição dos veios, poros abertos/fechados, etc. Não existe uma única característica que prove sua influência direta no som. Vamos aos exemplos:
Madeiras secas a aproximadamente 12%:
Agathis - Densidade em 0,45g/cm³, cor clara à média, som característico: valorização dos agudos.
Mogno - Densidade em torno de 0,65g/cm³, cor mediana, som característico: valorização dos graves.
Basswood - Densidade em torno de 0,4g/cm³, cor clara, som característico: valorização dos médios/graves.
Maple - Densidade em torno de 0,65g/cm³, cor clara, som característico: valorização dos agudos.
Jacarandá - Densidade em torno de 1g/cm³, cor escura, som característico: valorização dos agudos.
Comparando estes exemplos podemos ver que não há influencia de cor e densidade no timbre final das madeiras em geral. Logo:
- Cor da madeira NÃO influencia diretamente no som.
- Densidade da madeira NÃO influencia diretamente no som.
4. Melhor Madeira e Madeira com maior sustain. Aí, novamente entram as lendas da luthieria. Primeiramente vamos ao assunto 'Madeira X é melhor que madeira Y'. Há inúmeras espécies que podemos usar na luthieria, dentro deste limite de espécies que possuem as características necessárias para serem usadas, encontramos um grande preconceito contra as madeiras pouco usuais e um grande favorecimento às clássicas como o maple, mogno, abeto (spruce), alder, ash, etc. Com a prática aprendi que não há uma madeira melhor ou pior (salvo algumas exceções), e sim uma melhor peça de madeira.A escolha da peça a ser trabalhada possui influência infinitamente superior à espécie a qual esta peça em questão pertence.
Agora, finalizando, entramos na questão do sustain. Há uma forma de medição, o Decaimento Logarítmico, que pode indicar peças de maior e menor sustain. Algumas espécies possuem uma leve tendência a possuir um baixo índice logarítmico (quanto menor o índice, maior o sustain). Contudo, novamente, a variação de peça para peça é muito grande. Até mesmo pedaços de uma mesma árvore podem apresentar diferentes significativas. Algumas pessoas preferem dizer que a Les Paul tem sustain maior que a Stratocaster porque a Les Paul é de mogno. Novamente... FALSO! O fator que mais influencia o sustain é o modo de construção. Além disso, existem fatores como captação, ferragens (ponte, tarrachas, etc) e parte elétrica, que influenciam diretamente em todo o som da guitarra, inclusive em seu sustain. Logo, não se pode afirmar que uma madeira por si só, dará um timbre maior que outra. Por falar nisso... só uma curiosidade: O mogno possui decaimento logarítmico um tanto alto (em torno de 0,027 enquanto o jacarandá possui valores próximos a 0,016), portanto ele deveria possuir menos sustain... Então???

Att:
 João Guilherme Penteado - Luthier da Red Fox Guitars. 

fontes:
TELES, R. F. Avaliação Acústica das novas espécies para utilização em instrumentos musicais. Brasília, 2005.
FERNANDES, G. de A. Avaliação de madeiras brasileiras para utilização em guitarras elétricas. Brasília, 2004.
BUCUR, V. Acoutics of Wood. CRC Press. 1995
http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira"

E pra falar direto com o João Guilherme,   contato@redfoxguitars.com

Abraço!
Economusic.