Pode pedir matérias, criticar, elogiar, ou só falar à vontade: rodrigobcravo@hotmail.com ...ou ainda integrar a equipe de consultores!

30 de junho de 2010

Fotos comentadas

Comentários ao post anterior:


A guitarra da foto é a que o Jimi Hendrix tacou fluido de isqueiro e incendiou num show em 1967, no Finsbury Astoria, em Londres.


Ela será leiloada, e estima-se que se chegue a 1 milhão de dólares.
Trata-se de uma Fender Stratocaster 65´.
Imaginou que na época essa guitarra era lançamento?!?


Outra foto:

John Frusciante, do Red Hot Chili Peppers, montou o seguinte set de pedais:


E eu achei num site todos os sets dele ao longo da carreira.
Dê uma olhada, aqui tem tudo sobre os equipamentos do cara:
http://www.jftab.com/htm/john-frusciante-gear-effects.html
Pra quem tá com preguiça, segue a foto "roubada" dando nomes aos bois:




1 - Moog Expression pedal
2 - MXR Micro Amp
3 - Electro-Harmonix Big Muff Pi USA
4 - Boss DS-2 TurboDistortion
5 - Mosrite FuzzRite
6 - Ibanez WH-10 Wah
7 - Electro-Harmonix Holy Grail Reverb
8 - Moog MF103 12-Stage Phaser
9 - Boss CE-1 Chorus Ensemble
10 - Moog CP-251 Control Processor
11 - Boss FV-50 Volume
12 - Line 6 DL4 Delay Modeler
13 - Electro-Harm. Deluxe Electric Mistress
14 - DigiTech PDS 1002 Digital Delay
15 - Guyatone VT-X Tube Tremolo
16 - Line 6 FM4 Filter Modeler
17 - Moog MF-101 Low Pass Filter
18 - Moog MF-105B BassMuRF
19 - Moog MF-105 MuRF
20 - Moog MF-102 Ring Mod





Última:
Esta eu ia usar, mas preferi aquela com os amps posando pra foto. 
E como eu ia falar de amps, esta ficaria embolada demais pra entender.
Trata-se do Set do The Edge, U2 (pelo menos é o que diz a fonte...):




Enfim, sendo do cara ou não, tem coisa demais pra descrever. 
Destaque para os VOX AC30, imortalizado pelos Beatles e Brian May do Queen
e os três Fender Blues JuniorEste último tem 15 Watts. 
Isso é pra você ver que, quando se trata de válvula, não tem mínimo.


Abraços!
Economusic.

28 de junho de 2010

Como começar meu set de guitarra

Leandro Paes de Piracicaba-SP está perguntando, vamos tentar ajudá-lo (Leandro, mantenha o diálogo pra gente ir sanando todas as suas dúvidas):

Geralmente, a gente se empolga com pedal, que mesmo com pouca grana dá pra comprar um de marca, bem bonito; depois escolhemos a guitarra conforme fica mais animal na foto; por último, compra-se uma caixa pra poder ligar tudo.
Infelizmente, esse primeiro kit você acaba perdendo, pois o ideal era tudo ao contrário!

AMP:


O amplificador é por onde sai o som, então se você economiza demais nele, tudo o resto pode não adiantar muito. Comprando um próprio para guitarra, o som será mais fiel, e se ele tiver uma potência legal, você vai sentir a diferença.
Experimente o máximo que puder, vá em lojas incomodar os vendedores, não se preocupe em tocar bonito (não é lugar pra dar show), toque a mesma música (a que você sabe melhor) com a mesma guitarra em mais de um amp.
Na hora da compra, você deve levar em conta seu gosto e pesquisar que tipo de aparelho será adequado ao que você toca. Claro que o preço poda nossa escolha, mas eu diria que aqui é onde você deve gastar a maior parte da grana, pois vai influenciar totalmente o som.

Guitarra:

Se eu falar que o formato não importa, to falando sozinho. Mas tente ouvir o que a guita faz, escolha o som.
Você pode ver qual o teu guitarrista preferido usa, pra comprar do mesmo estilo.
Como eu acho que você vai estar com pouca grana, e vai comprar marca barata, seria muito legal levar contigo algum guitarrista mais experiente pra te ajudar a ver a qualidade do material.
Mas tente observar:
- parte elétrica (ver se faz barulho no plug ou na chave dos captadores; ver se os captadores não estão com mau contato)
- regulagens (ela continua afinada? as tarrachas funcionam bem? o braço está reto?)
Pra ver o braço: as cordas não podem estar muito afastadas, pois pode não ter concerto;
erga a guitarra até o queixo na base do corpo da guita, pra olhar o braço ao longo da escala (isso dá um ar de que conhece tudo de guitarra! rsrs). Aqui, você "liga" a ponta do último traste ao primeiro com uma linha imaginária, e todos os do meio devem estar alinhados aí também. Assim, você vai ver se o braço não está torto pro lado, o que não tem concerto. Se perceber que além disso o braço está torcido, mesmo que muito pouco, largue esse pau de vassoura e mude de loja.
Tem gente que pensa que dá pra comprar uma barata, pra depois ir trocando tarrachas, captadores; eu discordo bastante disso. A madeira da barata não é boa, muitas vezes é até compensado, e os componentes também não são top. Então, use a guitarra até ela não mais te agradar, venda e compre uma melhor. Afinal, com a grana dessas reformas você pega outra nova. Não estou generalizando, pode ser que você tenha uma "relíquia" nas mãos. Consulte sempre alguém experiente antes de negociar sua guitarra.

Pedais:

Pedal ou pedaleira é o sonho do guitarrista, dá uma vontade incontrolável de ter vários (é a famosa G.A.S.: Gear Aquisition Syndrome - Síndrome de Aquisição de Equipamento).
Se você quer digital, tem que analisar o nível de fidelidade da pedaleira, se não teu som vira um tecladinho de criança.
Se quer analógico, como os da Velha Escola, tem mais um monte de tipos de pedais, categorias, e ainda tem os que "atrapalham" o sinal da guitarra quando desligados e os que não atrapalham, por possuirem um atalho para o sinal passar direto por eles quando desligados. Analógicos são muito legais, mas demandam muita pesquisa, colha opiniões, leia a respeito na internet, veja testes no youtube, podemos também criar um tópico só pra isso.
Mas saiba que pedal não faz milagre. Eu já tive pedais excelentes que eu odiava, mas era por causa do resto do equipamento... vendi por mixaria e hoje me arrependo. Por mais difícil que seja, priorize o bom amp e guitarra razoável, daí você compra aos poucos os seus pedais.


Economia:

No começo você vai comprar tudo nacional mesmo, de repente linhas para estudantes, mas sempre analise que para comprar uma nova, você venderá a outra. Assim, se tem duas opções, A1 por 300 e A2 por 400, ao comprar a primeira e se cansar dela, vou conseguir vender por 150 e ainda faltam 250 pra comprar a outra! deu pra perceber que compensava esperar, juntar mais 100 no início e já comprar a melhor?
Ou você pode ser mais esperto e comprar de alguém que quer vender a A1 semi-nova por 150... instrumento desvaloriza rápido.
Muita coisa se encontra num Mercado Livre ou similar, e coisas mais caras você já pode começar a cogitar compras internacionais. Mas de início, você deve confrontar preços, chorar pro vendedor, que na sua cidade mesmo você pode encontrar bons negócios.
Com o tempo você se torna um bom negociador, pois ninguém usa o mesmo set até a morte, seu gosto muda.


Diante de tudo, creio que o mais importante é o seu Set FAZER SENTIDO. Não crie um Frankenstein, analise o que se usa dentro do seu estilo.
Todas as recomendações aqui são gerais, dá pra ir bem mais a fundo, mande sua pergunta específica e responderemos direto a você.


Quando eu comecei, eu comprei o que deu, o que eu pude pagar.
A peça realmente importante (por mais repetitivo que possa parecer) é a que vai tocar tudo isso. Tem que se dedicar, tocar por prazer, fazer as mãos evoluírem com o tempo, tentar cantar junto (afinal, é o seu instrumento natural, e muito guitarrista desiste desse recurso incrível), e não simplesmente colecionar brinquedos!
Aliás, não use guitar hero! Sua brincadeira pode ser muito superior, deixa isso pra quem não gosta de música.

Abraço!
Rodrigo Cravo
Economusic.

22 de junho de 2010

Fender history plus!

Não aguentei e continuei. Olha o que encontrei:

O esquema da Tele, ou da Broad, que é usado até hoje:


E uma matéria que mostra o primeiro protótipo, enfatizando o braço de uma peça de maple, "cabeça de cobra", preso ao corpo por uma placa (novidade!); comenta também as posições dos controles, o escudo em formato de asa, e o inconfundível corpo e montagem da ponte:


Abraço,
Economusic.

Fender history parte 3

Última parte: as transações da Fender.






"Devido a problemas de saúde, Leo Fender vendeu a compania para a CBS em 1965. A Fender Musical Instruments passou por um crescimento tremendo nos 20 anos seguintes, porém a falta de comprometimento e de entendimento acerca dos desejos de músicos da CBS aos poucos foi se tornando aparente.

Para reinventar a Fender, a CBS recrutou um novo gerente em 1981. William Shultz se tornou o presidente da compania, apoiado pelo associado William Mendello. Seu plano de negócios de 5 anos era baseado em aumentar a presença da Fender no mercado com grande aumento de qualidade e um imenso compromisso com pesquisa e desenvolvimento.

Quando a CBS encerrou seus negócios que não tinham a ver com rádio e TV, um grupo de funcionários e investidores liderados por Schultz comprou a Fender da CBS em 1985. A venda colocou novamente o nome da Fender nas mãos de um pequeno grupo de pessoas dedicadas e compromissadas em criar as melhores guitarras e os melhores amplificadores do mundo.

A nova empresa Fender Musical Instruments Corporation (FMIC) teve que começar do zero - as instalações e o maquinário não estavam incluídos na venda. FMIC possuia apenas o nome, as patentes e algumas partes não usadas deixadas para trás. Apoiado por um grupo de leais funcionários, revendedores e fornecedores (alguns que eram parceiros da Fender desde a criação), Schultz e sua trupe começaram a reconstruir um ícone americano.

A nova Fender inicialmente importou suas guitarras de fabricantes estrangeiros com experiência comprovada na produção de instrumentos viáveis e com bom custo benefício (Comentando: aqui entra a Fender Japonesa! Uma fábrica de lá que foi recrutada pra fabricar Fender), porém o aumento do controle de qualidade levou em 1985 à uma nova fábrica Fender USA em Corona, Califórnia. Uma segunda fábrica foi aberta em 1987, em Ensenada, México.

Também em 1987, o renomado Fender Custom Shop foi aberto na unidade de Corona, criando instrumentos dos sonhos de guitarristas profissionais e entusiastas. A Fender sempre reconheçeu a importância de uma política de portas abertas para músicos profissionais, ouvindo seus pedidos para ítens e características especiais nos instrumentos. A Fender Custom Shop se tornou então conhecida mundialmente como o que há de melhor no mundo em luthieria.

A FMIC mudou seu centro operacional de Corona para Scottsdale, Arizona, em 1991. Desde então, a Fender coordena sua administração, marketing, publicidade, vendas e exportações nos EUA e em suas instalações na Inglaterra, França, Alemanha, Japão, Mexico, Holanda, Espanha e Suécia.

Schultz se aposentou em 2005 e Mendello se tornou o chefe executivo.

Desde sua fundação, a FMIC tem crescido muito em vendas e status. Ela fabrica e distribui tudo o que guitarristas e baixistas precisam, de instrumentos, amplificadores, cordas e acessórios a produtos de áudio profissional, como mesas de mixagem e sistemas de PA. A Fender se tornou lider mundial por definir o som de guitarra que conhecemos, por atender às necessidades dos músicos, por criar produtos de qualidade e por assegurar manutenção e estabilidade a todos os seus produtos. Conforme a FMIC adentra o século 21, sua gerência manterá o status de número 1 da Fender através de uma combinação vencedora de empenho comercial e amor pela música.

O centro operacional da fender está localizado em Scottsdale, Arizona, EUA e a gerencia de fabricação fica na Fender Custom Shop em Corona, Califórnia, EUA. Os nomes Fender, Charvel, Gretsch, Guild, Jackson, Squier e SWR são nomes da FMIC."






Leo Fender é co-fundador da G&L (na foto tem algumas G&L, repare), que vende muito bem pelo mundo e seria a continuidade do trabalho do homem, que por sinal...
Muita informação pra uma publicação só.
Chega.
E.M.

21 de junho de 2010

Fender history parte 2

Agora, a Strato.


"A primeira aparição da Stratocaster foi em 1954, incorporando muitas inovações no design baseadas nas opiniões de músicos profissionais, do time da Fender e do próprio Leo Fender. O uso de um terceiro captador single ofereceu mais possibilidades de timbre, o corpo melhor desenhado deixou a guitarra mais confortável e o design com corte duplo no corpo (acima e abaixo do braço) deixou o acesso a notas mais agudas muito mais fácil.




O mais importante, porém, foi a inculsão da nova ponte com vibrato (ou tremolo) Fender, uma inovação originalmente criada para permitir que os guitarristas pudessem dar um bend nas cordas, simulando o efeito do pedal das guitarras steel muito populares entre os artistas de country music da época.

Ninguém podia prever como a Stratocaster iria revolucionar a música popular. Essencialmente igual desde o primeiro modelo de 1954, essa é a guitarra elétrica mais popular e influente de todos os tempos e guitarristas de todos os níveis e gêneros musicais continuam confiando em seu timbre, versatilidade e ergonomia até hoje.

O próprio Leo Fender expressou toda sua criatividade na década seguinte, apresentando muitos modelos de instrumentos e amplificadores, inclusive o baixo Jazz Bass, as guitarras Jaguar e Jazzmaster e o amplificador Twin Reverb."






Muita gente usa Strato, até porque é uma guitarra bastante versátil. As guitarras das outras marcas que surgiram, ou copiam a concorrente Gibson, ou nada mais são que variações da Stratocaster.
Em 68, foi lançado um novo modelo dela, com o headstock (é a parte onde estão as tarrachas...) maior, como esta que o Andreas está usando. E olha quem mais tem uma dessas:


Steve Ray Vaughan


Andreas Kisser, Sepultura


Hudson, Edson e Hudson


Chimbinha, Banda Calypso


David Gilmour, Pink Floyd


E por aí vai.
Economusic.

18 de junho de 2010

Fender history parte 1

Pesquisando um amplificador no site da Made in Brazil, achei na descrição uma historinha da Fender.
Vou repartir e postar, muito legal.


"Nos anos 40, o inventor do sul da Califórnia Leo Fender percebeu que poderia melhorar os instrumentos de corpo oco usando um inovador, e relativamente simples, design de corpo sólido de guitarra elétrica. Posteriormente, percebeu que podia construí-los em linha de produção.

Em 1951, apresentou o protótipo de um instrumento de corpo sólido posteriormente chamada de guitarra Telecaster (comentando: esta primeira se chamava Broadcaster! Mudou de nome por questões burocráticas)






A Tele, como ela era e continua sendo conhecida, foi a primeira guitarra estilo espanhol de corpo sólido a ser produzida em massa para comercialização.

Naquele mesmo ano, Fender apresentou sua revolucionária nova invenção - o baixo Precision Bass.






Ele era tocado como uma guitarra e tinha trastes, por isso podia ser tocado com precisão (daí o nome Precision) e podia ser amplificado, deixando os baixistas dos desconfortáveis e extremamente difíceis de se ouvir baixos acústicos.

Esses dois instrumentos históricos sacramentaram a fundação de um novo tipo de grupo e uma revolução na música popular - o que nós conhecemos hoje como rock combo. Ao oposto das big bands da época, os instrumentos elétricos Fender tornaram possível aos pequenos grupos se conhecerem e serem ouvidos."




Sabe que a primeira guitarra elétrica, na verdade, foi a ES-150 da Gibson






A inovação da Fender foi o corpo sólido.
A ideia surgiu da necessidade dos grupos de country, que reclamavam que mal podiam ser escutados com o barulho de tanta gente assistindo, precisavam se "amplificar".



E esse foi só o começo da história. A Fender ainda é vendida algumas vezes, cai, levanta... acompanhe!

Abraço!
Economusic

17 de junho de 2010

chimbal e pedal duplo...

A Tama fez um favor pra muito baterista.
Está disponível nas lojas brasileiras o Iron Cobra Clutch, equipamento que segura o chimbal pra você, enquanto seus pés ficam livres pra usar os bumbos.


A engenhoca te permite travar e destravar o chimbal numa altura pré-selecionada usando o calcanhar.
Em ação:


Ele custa em torno de 99 dólares pra quem nasceu mundo afora, mas custa 620 reais pra quem puder buscar em São Paulo.
Vale o esforço de tentar trazer pelo e-bay, principalmente se conseguir escapar das tarifas, se o vendedor enviar como "presente". Afinal, mesmo com o frete vai custar bem menos de 500 dólares, que é o mínimo pra se taxar alguma coisa.

Fica mais bonito se os demais pedais são Iron Cobra também, não é?
Se alguém já testou, posta ou envia sua opinião pra gente!

Abraço!
Economusic

Escuta aí:
Certo dia de 1988, George Harrison chamou Roy Orbison, Tom Petty, Jeff Lynne e Bob Dylan e montou uma super-banda chamada Travelling Wilburys. O ábum Vol.1 é considerado um dos melhores da história, destaque para Handle with Care e In the End of the Line.
Não morra antes de ouvir.